Para atingir esse feito, os cientistas usaram um microscópio eletrônico para depositar átomos de carbono sobre uma chapa de grafeno, formando um pequeno circuito elétrico. Depois de algum tempo, as propriedades elétricas desse material acabam consumidas pelo grafeno, sumindo ser deixar vestígios de que algum dia existiram. Outra possibilidade, no entanto, seria criar circuitos que não somem totalmente, apenas mudando após determinado período de utilização.
 “           Você poderia desenvolver um circuito que opera de determinada forma agora, mas depois de esperar por um dia para que o carbono se difunda sobre a superfície de grafeno, você não teria mais um dispositivo eletrônico. Hoje o aparelho faria uma coisa, mas amanhã realizaria algo totalmente diferente”, explicou um dos pesquisadores, Andrei Fedorov, ao Phys.Org.

Controlando a mudança

Os cientistas também explicam que a forma como o circuito vai se transformar com a passagem de tempo também pode ser controlada e que a taxa de mudança depende da temperatura. Uma das possibilidades é adicionar barreiras para influenciar a distribuição dos átomos de carbono. Outra opção inclui fundir certos átomos permanentemente nos seus devidos lugares usando raios laser.
“Nós demos um passo crítico de descoberta e compreensão. A próxima etapa será demonstrar uma aplicação complexa e única que seria impossível de fazer com um circuito convencional. Isso traria um nível totalmente novo de empolgação para o assunto”, diz Fedorov. A equipe planeja atingir esse objetivo por meio da criação de conjuntos modulares de “dispositivos” distintos que alterassem suas funcionalidades em ritmos variados.