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sexta-feira, 2 de novembro de 2018

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Glossário de Química em LIBRAS

Embora saibamos da grande tentativa do Governo em realizar a INCLUSÃO escolar de pessoas com necessidades especiais, nem sempre nós professores estamos preparados para lidar com essas necessidades. De modo a tentar minimizar apenas a INTEGRAÇÃO que ocorre comummente nas salas de aulas, devemos buscar meios de nos comunicar com nossos alunos. Uma excelente estratégia para quem tem alunos com surdez, é o GLOSSÁRIO DE QUÍMICA EM LIBRAS.
Segue abaixo o link para acessar.
Bom diaaaa!!!!! 

DISPONÍVEL: http://joaopessoa.ifpb.edu.br/librasquim/
ACESSO: 26/09/2018

Retirado do Blog EdQuímica

domingo, 9 de setembro de 2018


Gases Nobres


Fonte: https://www.todamateria.com.br/gases-nobres/  Acesso em: 09set2018

                                                                  Artigo revisado em 12/02/18 Toda Matéria: conteúdos escolares. 

Os gases nobres, também chamados de "gases raros", compõem os elementos do grupo 18 (família 8A) da tabela periódica.
A principal característica dos gases nobres é a dificuldade que eles possuem de se combinar com outros átomos.
Quais são os Gases Nobres?
No total são 7 gases nobres:
·         hélio (He)
·         neônio (Ne)
·         argônio (Ar)
·         criptônio (Kr)
·         xenônio (Xe)
·         radônio (Rn)
·         ununóctio (Uuo)
Características dos Gases Nobres
·         Todos são gasosos
·         Possuem baixa reatividade
·         Apresentam fraca atração interatômica
·         Possuem baixo ponto de fusão e ebulição
·         Os orbitais dos níveis de energia são completos: 8 elétrons na última camada (camada de valência), exceto o Hélio

Hélio (He)
Do grego "helius" corresponde ao sol uma vez que esse elemento foi visto pela primeira vez no sol. Muito comum ver balões cheios de gás hélio sendo que sua característica principal é a leveza do gás o que faz com que os balões soltos subam. É o único gás nobre que segundo a Teoria do Octeto, não possui 8 elétrons na camada de valência, e sim 2.

Neônio (Ne)
Do grego "Neos" significa novo uma vez que a descoberta do gás Neônio, em fins do século XIX, foi novidade para os cientistas que acreditavam na inexistência de novos elementos químicos. Sua coloração laranja-avermelhada é muito utilizada em letreiros e por isso utilizamos a expressão neon.

Argônio (Ar)
Do grego "Argos" significa preguiçoso, inativo visto que esse gás possui baixa reatividade. Muito utilizado em extintores, lâmpadas e letreiros luminosos nas cores azul ou vermelho.

Criptônio (Kr)
Do grego "Krípton" significa oculto justamente por ser difícil de encontrá-lo na atmosfera. Utilizado em lâmpadas, lasers e projetores.

Xenônio (Xe)
Do grego "Xénos" significa estranho. Esse gás é utilizado em lâmpadas ultravioletas, faróis de carro, flashes de câmeras fotográficas, plasma de televisores e anestésicos.

Radônio (Rn)
O Radônio recebe esse novo devido a sua radioatividade. Por esse motivo, esse gás é utilizado em alguns tratamentos de câncer, a radioterapia.

Ununóctio
O nome Ununóctio vem do latim, "um, um, oito" devido ao número atômico desse elemento, ou seja, 118. O Ununóctio foi descoberto em 2006 sendo, portanto, o último elemento químico sintetizado em laboratório.

Obs.: Em 2017, os últimos elementos químicos descobertos da tabela periódica receberam seus nomes definitivos e oficiais. O UUO (118) recebeu o nome de Oganesson em inglês e chamamos de Oganessônio ou Oganéssio na língua portuguesa.

Curiosidades
·         A denominação “gás nobre” refere-se àquele gás raro, incomum.
·         O Argônio está presente em maior quantidade que outros gases raros.
·         Depois do hidrogênio, o hélio é o elemento mais abundante no universo.



domingo, 19 de agosto de 2018

Modelo Atômico de Schrödinger

Modelo atômico de Schrödinger

Graduação em Química (UNIB, 2008)
Fonte:  https://www.infoescola.com/quimica/modelo-atomico-de-schrodinger/







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Louis de Broglie, já em meados da década de 1920, propôs a extensão da dualidade “onda-partícula” ao elétron. Para Broglie, o elétron apresentava comportamento de partícula e de onda, e por este motivo elétrons poderiam apresentar propriedades da mecânica ondulatória. De Broglie postulara o enunciado de que “a todo elétron em movimento está associada uma onda característica”, admitindo este comportamento dualístico e chocando-se diretamente com as proposições anteriores, que afirmavam que o elétron descrevia órbitas circulares ao redor do núcleo.
Esta afirmação foi bastante contestada pelos cientistas contemporâneos de Louis de Broglie, porém experimentos realizados à época comprovaram a tese de que elétrons poderiam apresentar e obedecer à preceitos das leis ondulatórias, como se fossem ondas luminosas.
Seguindo este pressuposto, as órbitas defendidas por Bohr e Sommerfeld não poderiam corresponder à realidade, uma vez que o elétron descreveria o comportamento de uma onda ao redor do núcleo. A figura a seguir demonstra, de maneira bastante simples, como poderia ser descrita a órbita em forma de ondas ao redor do núcleo e o modelo anterior.

Eletrosferas distintas – Modelo de Bohr e a sugestão de Louis de Broglie
Questões acerca do modelo atômico apresentaram novas discussões quando fora enunciado o princípio da incerteza, por Werner Heisenberg (*1901 – †1967), que afirmava “não ser possível determinar, simultaneamente, a posição e a velocidade de uma partícula em um mesmo instante”. Tal princípio trazia um questionamento aos recentes acontecimentos sobre a eletrosfera: não é possível determinar a posição e velocidades exatas de um elétron.
Este fato trouxe uma nova perspectiva à questão, uma vez que não fazia sentido tentar descrever valores tão exatos dos elétrons. Como definir questões tão intrínsecas ao átomo? Utilizando-se dos conhecimentos da Mecânica ondulatória, diria Erwin Schrödinger.
Erwin Schrödinger (*1887 – †1961) determinou, através de uma infinidade de operações matemáticas (cálculos e equações do movimento de ondas e plotagem dos dados em plano cartesiano), as regiões no espaço que apresentariam máxima probabilidade de se encontrar um elétron. A esta altura a utilização do termo órbita já estava em desuso, pois não se poderia prever, pelo princípio da incerteza de Heisenberg, a posição e velocidade de um elétron. Logo, determinou-se orbital a região que apresentaria máxima probabilidade de localização dos elétrons e, portanto, orbitais se assemelhariam, grosso modo, a nuvens eletrônicas.
Schrödinger, ao propor o modelo de orbitais atômicos, conciliou os postulados teóricos de De Broglie e Heisenberg, formalizando a ideia de que o elétron apresenta comportamento dual (onda – partícula). O modelo atômico de Schrödinger apresentou um modelo de orbital tridimensional para cada um dos subníveis de energia e possibilitou a compreensão do fenômeno da hibridação em átomos de carbono, permitindo a determinação da geometria molecular de diversas substâncias químicas. A geometria molecular, por sua vez permite a previsão de propriedades físicas e químicas de diversos compostos.
O modelo quântico ondulatório ou modelo de orbital obedece à dinâmica dos números quânticos(principal, secundário, magnético e de spin), tendo status de modelo vigente, e sendo válido desde 1923 até os dias atuais.


Quadro contendo representações de orbitais.
Referências:
FELTRE, R; YOSHINAGA, S. Atomística – 1ª Ed. – São Paulo: Moderna, 1970. p. 138 – 152.
FELTRE, R. Química Geral – 5ª Ed. – São Paulo: Moderna, 2000. p.108 – 113.


Arquivado em: Química

segunda-feira, 11 de junho de 2018







Contador Geiger

QUÍMICA

O contador Geiger foi inventado por Hans Geiger em 1908 para medir os níveis de                                               radiação em corpos e no ambiente. Ele contém um tubo com argônio, que se ioniza ao ser                                                atravessado por partículas alfa e beta da radiação, fechando o circuito elétrico                                                                    e acionando o contador.





Contador Geiger
Contador Geiger

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O físico alemão Johannes Hans Geiger (1882-1945) era apenas assistente do químico neozelandês Ernest Rutherford (1871-1937), quando inventou o Contador Geiger – um aparelho utilizado para detectar o nível de radiação na atmosfera.
No início ele era apenas um tubo cilíndrico com gás argônio à baixa pressão, um amplificador e uma fonte de alta voltagem.
O contador Geiger funciona da seguinte maneira: quando a radiação entra pelo tubo contendo argônio, este gás é ionizado, conforme é mostrado abaixo:

Ionização do gás argônio pela radiação
Ionização do gás argônio pela radiação
Ao ser ionizado, o argônio fecha o circuito elétrico do aparelho, que é composto de eletrodos de cargas elétricas opostas. Com a formação dos íons, conduz-se eletricidade entre o cátodo e o ânodo, acionando, assim, um contador ou alto-falante. O sinal que indica a presença de radiação pode ser sonoro, uma luz ou a deflexão do ponteiro do medidor. Normalmente, ouvem-se estalos no contador, o que permite a contagem das partículas radioativas.
Hoje em dia este aparelho é um grande aliado das pessoas que trabalham com material radioativo; principalmente quando ocorrem acidentes nucleares, pois as substâncias que se desintegram são capazes de ionizar o ar e assim contaminar outros corpos no ambiente.   


O contador Geiger é utilizado para medir os níveis de radiação.
O contador Geiger é utilizado para medir os níveis de radiação.
Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química
Equipe Brasil Escola.

Fonte: FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. "Contador Geiger"; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/contador-geiger.htm>. Acesso em 30 de abril de 2018.

segunda-feira, 4 de junho de 2018




Radioatividade nos Alimentos e na Agricultura

QUÍMICA

A radioatividade é usada nos alimentos para diminuir os microrganismos causadores do                                        apodrecimento e para aumentar a sua conservação e tempo de consumo.

Alimentos comumente irradiados e o símbolo verde, que é usado em rótulos para indicar que foram submetidos à radiação
Alimentos comumente irradiados e o símbolo verde, que é usado em rótulos para indicar que foram submetidos à radiação

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radioatividade vem sendo usada na agricultura de diversas formas, sendo que uma delas é na conservação de alimentos. A irradiação de frutas, legumes, cereais, frutos do mar, entre outros, diminui a quantidade de fungos e bactérias, aumentando, assim, seu tempo de conservação. Isso porque a multiplicação desses microrganismos é um dos principais causadores do apodrecimento dos alimentos.
Normalmente o alimento é irradiado por raios gama e beta de elementos radioativos, principalmente o cobalto 60; além também de sofrer radiação ionizante proveniente de raios X e elétrons acelerados. O alimento costuma ficar exposto a essa fonte de radiação, mas sem ter contato direto com tal elemento. Além disso, essa radiação é controlada, ou seja, acontece por um tempo prefixado e com objetivos bem determinados.
Por exemplo, se o alimento for submetido a uma radiação de 200 000 a 500 000 rad, ocorre a pasteurização do alimento, ou seja, ele vai ter mais tempo de conservação, mas desde que seja guardado em embalagens especiais ou em baixas temperaturas. No entanto, se essa radiação for maior, entre 2 e 4 milhões de rad, ocorre o que é chamado de esterilização, sendo que o alimento poderá ser conservado por mais tempo mesmo em temperatura ambiente.
Para citar apenas dois exemplos, uma batata irradiada pode durar até um ano sem apodrecer ou brotar e um peixe também pode ser conservado por mais de nove meses; tudo isso em temperatura ambiente!
Cebola, mamões e grãos de milho irradiados e não irradiados
Outro fator que aumenta o seu tempo de conservação é que a radiação pode alterar a estrutura molecular das frutas e legumes e inibir sua maturação por alterar processos fisiológicos das plantas.
Esse tratamento vem sendo eficaz e é adotado em inúmeros países, inclusive no Brasil, porque apesar de existirem outros meios de conservação, como a pasteurização térmica e a conservação refrigerada, alguns alimentos (tais como carnes, peixes, mariscos, aves, etc.) não podem ser submetidos a esses tratamentos. Desse modo, a irradiação desses alimentos se torna uma boa alternativa.
Carne irradiada para aumentar sua conservação
Outro benefício é o fato de esses alimentos permanecerem conservados mesmo em lugares agressivos em termos de temperatura, salinidade, umidade e outros fatores pelos quais passam principalmente os tripulantes de navios que ficam vários dias no mar, além do fato de que se eles vierem a naufragar esses alimentos terão mais tempo de vida, podendo alimentá-los e salvar suas vidas. O mesmo se aplica ao caso dos soldados do Exército, Marinha ou Aeronáutica.
Um ponto negativo visto até o momento é que o sabor e aroma do alimento sofrem algumas alterações.
O leite e seus derivados, além de alimentos muito gordurosos, não podem ser irradiados, pois sofrem reações de oxidação e ficam rançosos.
Outro uso da radiação na agricultura é na determinação da absorção de fertilizantes pelas plantas. Por exemplo, o P-32 é usado como radiotraçador, detectando quais partes da planta utilizou o nutriente. Há também o uso da radioatividade no controle de insetos e na verificação da autenticidade. Por exemplo, a determinação da razão isotópica estável do carbono 13 é usada para verificar se o mel é mesmo puro ou se foi adulterado com xarope de milho ou cana de açúcar.

Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química

Fonte: FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. "Radioatividade nos Alimentos e na Agricultura"; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/radioatividade-nos-alimentos-na-agricultura.htm>. Acesso em 30 de abril de 2018.

segunda-feira, 28 de maio de 2018




Acidente com césio-137

QUÍMICA

O acidente com césio-137 na cidade de Goiânia foi o maior acidente radioativo já ocorrido                                             no Brasil. Ele provocou e ainda provoca sofrimento para muitas pessoas.

Símbolo químico do elemento césio
Símbolo químico do elemento césio

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Um dos maiores acidentes com o isótopo Césio-137 teve início no dia 13 de setembro de 1987, em Goiânia, Goiás. O desastre fez centenas de vítimas, todas contaminadas por meio de radiações emitidas por uma única cápsula que continha césio-137.
Como tudo começou?
O instinto curioso de dois catadores de lixo e a falta de informação foram fatores que deram espaço ao ocorrido. Ao vasculharem as antigas instalações do Instituto Goiano de Radioterapia (também conhecido como Santa Casa de Misericórdia), no centro de Goiânia, tais homens depararam-se com um aparelho de radioterapia abandonado e tiveram a infeliz ideia de remover a máquina com a ajuda de um carrinho de mão. Eles levaram o equipamento até a casa de um deles.
O maior interesse dos catadores era o lucro que seria obtido com a venda das partes de metal e chumbo do aparelho para ferros-velhos da cidade. Leigos no assunto, não tinham a menor noção do que era aquela máquina e o que havia realmente em seu interior. Após retirarem as peças de seu interesse, o que levou cerca de cinco dias, venderam o que restou ao proprietário de um ferro-velho.
O dono do estabelecimento era Devair Alves Ferreira, que, ao desmontar a máquina, expôs ao ambiente 19,26 g de cloreto de césio-137 (CsCl), um pó branco parecido com sal de cozinha que, no escuro, brilha com uma coloração azul.
Ele se encantou com o brilho azul emitido pela substância e resolveu exibir o achado a seus familiares, amigos e parte da vizinhança. Todos acreditavam estar diante de algo sobrenatural e alguns até levaram amostras para casa. A exibição do pó fluorescente ocorreu durante quatro dias, e a área de risco aumentou, pois parte do equipamento de radioterapia também foi para outro ferro-velho, espalhando ainda mais o material radioativo.
Símbolo utilizado para indicar presença de material radioativo
Símbolo utilizado para indicar presença de material radioativo
Consequências
Algumas horas após o contato com a substância, vítimas apareceram com os primeiros sintomas da contaminação (vômitos, náuseas, diarreia e tonturas). Um grande número de pessoas procurou hospitais e farmácias reclamando dos mesmos sintomas. Como ninguém imaginava o que estava ocorrendo, tais enfermos foram medicados como portadores de uma doença contagiosa. Dias se passaram até que foi descoberta a possibilidade de se tratar de sintomas de uma Síndrome Aguda de Radiação.
Somente no dia 29 de setembro de 1987, após a esposa do dono do ferro-velho ter levado parte da máquina de radioterapia até a sede da Vigilância Sanitária, é que foi possível identificar os sintomas como sendo de contaminação radioativa.
Os médicos que receberam o equipamento solicitaram a presença de um físico nuclear para avaliar o acidente. Foi então que o físico Valter Mendes, de Goiânia, constatou que havia índices de radiação na Rua 57, do Setor Aeroporto, bem como nas suas imediações. Diante de tais evidências e do perigo que elas representavam, ele acionou imediatamente a Comissão Nacional Nuclear (CNEN).
O ocorrido foi informado ao chefe do Departamento de Instalações Nucleares, José Júlio Rosenthal, que se dirigiu no mesmo dia para Goiânia. No dia seguinte, a equipe foi reforçada pela presença do médico Alexandre Rodrigues de Oliveira, da Nuclebrás (atualmente, Indústrias Nucleares do Brasil) e do médico Carlos Brandão da CNEN. Nesse momento, a Secretaria de Saúde do estado começou a realizar a triagem dos suspeitos de contaminação em um estádio de futebol da capital.
Medidas adotadas para a descontaminação
A primeira medida tomada foi separar todas as roupas das pessoas expostas ao material radioativo e lavá-las com água e sabão para a descontaminação externa. Após esse procedimento, as pessoas tomaram um quelante denominado de “azul da Prússia”. Tal substância elimina os efeitos da radiação, fazendo com que as partículas de césio saiam do organismo pela urina e fezes.
Todavia, isso não foi suficiente para evitar que alguns pacientes viessem a óbito. Entre as vítimas fatais, podemos citar a menina Leide das Neves, seu pai Ivo, Devair e sua esposa, Maria Gabriela, e dois funcionários do ferro-velho. Posteriormente, mais pessoas morreram vítimas da contaminação com o material radioativo, entre eles funcionários que realizaram a limpeza do local.
O trabalho de descontaminação dos locais atingidos não foi fácil. A retirada de todo o material contaminado com o césio-137 rendeu cerca de 6000 toneladas de lixo (roupas, utensílios, materiais de construção etc.). Tal lixo radioativo encontra-se confinado em 1.200 caixas, 2.900 tambores e 14 contêineres (revestidos com concreto e aço) em um depósito construído na cidade de Abadia de Goiás, onde deve ficar por aproximadamente 600 anos.
Punições aos culpados e assistência às vítimas
No ano de 1996, a Justiça julgou e condenou por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) três sócios e funcionários do antigo Instituto Goiano de Radioterapia (Santa Casa de Misericórdia) a três anos e dois meses de prisão, pena que foi substituída por prestação de serviços.
Atualmente, as vítimas reclamam da omissão do governo para a assistência tanto médica como de medicamentos. Para tentar resolver a situação, eles fundaram a associação de Vítimas Contaminadas por Césio-137 e lutam contra o preconceito ainda existente.
O acidente com Césio-137 foi o maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora das usinas nucleares. 

Por Líria Alves
Graduada em Química

Fonte: SOUZA, Líria Alves de. "Acidente com césio-137"; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/acidente-cesio137.htm>. Acesso em 30 de abril de 2018.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Kevlar: polímero à prova de bala

QUÍMICA


De que é feito o colete à prova de balas?
De que é feito o colete à prova de balas?
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Por que os coletes à prova de bala são tão resistentes? Qual material é capaz de resistir a uma bala de revólver? Essas são as dúvidas que esclareceremos agora.

O cientista americano Stephanie Kwolek, no ano de 1965, na busca por um material com a resistência térmica do amianto e a rigidez da fibra de vidro, acabou por descobrir um novo polímero. Como se sabe, as balas são feitas de aço, e a velocidade que elas atingem ao serem lançadas torna-as fatais. O Kevlar surgiu para mudar essa história: com a chegada dos coletes à prova de bala, o aço que era imbatível tornou-se frágil.
  • Características do Kevlar: insolúvel, imune à ataque químico, resistente ao fogo, flexível e leve.

E não é só em coletes que se aplica o material Kevlar, ele é usado também em revestimentos para motores de aviões para evitar que uma eventual explosão na turbina danifique-os.
  • Composição do Kevlar: longas cadeias de anel benzeno interconectadas com grupos amida. O que o torna um polímero altamente resistente é a estrutura organizada da cadeia. As forças atrativas entre as moléculas permitem que elas se alinhem em camadas rígidas uma em cima da outra. Toda essa organização estrutural permite que o Kevlar obtenha resistência cinco vezes maior do que a do aço, ou seja, é bem mais forte.

  • Mais aplicações do Kevlar: Quando se adicionam fibras a esse polímero, ele se torna mais resistente e, então, pode ser usado para a confecção de escudos militares, raquetes de tênis, roupas espaciais, em carros de corrida de Fórmula Um, entre outras aplicações.

O Kevlar destacou-se mesmo por proporcionar maior segurança aos policiais. Agora você já sabe de que é feito o colete que permite combater o crime sem maiores riscos.
Por Líria Alves
Graduada em Química

SOUZA, Líria Alves de. "Kevlar: polímero à prova de bala "; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/polimero-prova-bala.htm>. Acesso em 30 de abril de 2018.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/polimero-prova-bala.htm