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sexta-feira, 28 de maio de 2010

DESENVOLVIMENTO
Alexandre Battibugli

Elaine Menegon - TRAMPPO, São Paulo, SP

LOGÍSTICA

Uma luz no leva e traz

Transformar lâmpadas fluorescentes em insumos reutilizáveis é a proposta da paulistana Tramppo - mas o crescimento depende de uma logística abrangente

A engenheira eletrônica Elai ne Menegon, de 43 anos, e o administrador Carlos Alberto Pachelli, de 52, levam muito a sério a lei fundamental do francês Antoine Lavoisier, o pai da química moderna, segundo a qual na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma. Desde 2008, eles estão à frente da paulistana Tramppo, que deve faturar cerca de 1,5 milhão de reais neste ano separando mercúrio e pó fosfórico de lâmpadas fluorescentes queimadas. O pó é vendido para indústrias. O mercúrio vai para pesquisas científicas. Entre os grandes clientes que a Tramppo conquistou estão Casas Bahia, Motorola e Metrô de São Paulo, que pagam pelo transporte e pela descontaminação.

Pachelli era gerente de marketing da fabricante de medicamentos Aché. Elaine estava na empresa de telecomunicações Alcatel Lucent. Eles investiram na Tramppo após ver estimativas de que, no Brasil, menos de 6% das lâmpadas fluorescentes são recicladas - um índice pequeno quando comparado ao da Holanda, onde se reaproveitam 80% desse tipo de iluminação. "O índice no Brasil é baixo, mas isso tem mudado", diz Pachelli. "As exigências ambientais estão levando muitas empresas a dar um destino responsável para seus resíduos, o que abre oportunidades."

A Tramppo atende mais de 30 cidades da Região Sudeste, onde são descartadas 60% das lâmpadas fluorescentes do país. Os sócios querem atingir o quanto antes regiões mais distantes, como o Nordeste. "É lá que o Brasil está crescendo mais depressa", afirma Pachelli.

O problema é como chegar a esses lugares. O custo de erguer usinas Brasil afora é alto. Além disso, os sócios não querem que o crescimento dependa apenas de grandes companhias. "O pequeno cliente não pode ser desprezado", diz Elaine. O desafio de contemplar um mercado pulverizado e dar conta da área geográfica brasileira é descomunal. Sobre o que deve ser feito, EXAME PME ouviu Caio Queiroz, dono da Reclicagem, especializada em gestão ambiental, e Renato Mantoani, sócio da Dallogis, empresa paulista de logística e distribuição.


>>> continua...

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/insumo-lampada-fluorescente-reutilizaveis-elaine-menegon-examepme-563401.shtml

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