Os aditivos da gasolina
Durante a Primeira Guerra Mundial, descobriu-se que é possível adicionar uma substância química chamada chumbo tetraetila (TEC) à gasolina e aumentar de maneira significativa o índice de octanas, acima da combinação octano/heptano. Categorias mais baratas de gasolina poderiam ser usadas adicionando o chumbo tetraetila. Isso levou à difusão do uso da gasolina com "etila" ou "com chumbo". Infelizmente, as conseqüências da adição de chumbo à gasolina são:- o chumbo entope e inutiliza o catalisador em minutos;
- a Terra se reveste por uma fina camada de chumbo, que é tóxica para muitos seres vivos (inclusive humanos).
Um outro aditivo comum é o MTBE. MTBE é o acrônimo para éter metil-butil terciário, uma molécula razoavelmente simples que é criada a partir do metanol. Clique aqui para ver a estrutura química do MTBE.
O MTBE passou a ser adicionado à gasolina por dois motivos:
- Ele aumenta a octanagem.
- Ele é um aditivo oxigenado, ou seja, acrescenta oxigênio à reação durante a queima. Por definição, um aditivo oxigenado reduz a quantidade de hidrocarbonetos não queimados e monóxido de carbono no escapamento.
O principal problema com o MTBE é que ele é considerado cancerígeno e mistura-se com a água facilmente. Se ocorrer um vazamento de gasolina com MTBE de um tanque subterrâneo em um posto, ela pode entrar em contato com a água de lençóis freáticos e contaminar os poços. É claro que o MTBE não é a única substância a entrar em contato com a água freática no caso de vazamento. O mesmo ocorre com a gasolina e com uma série de outros aditivos da gasolina mas, nos últimos anos, o MTBE ganhou destaque.
De acordo com esta página na EPA (site em inglês):
- "Embora não haja uma regulamentação estabelecida sobre a água potável, a USEPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA) publicou uma recomendação quanto à água potável de 20 a 40 microgramas por litro (µg/L) com base nos limites de sabor e odor. A concentração dessa recomendação tem como objetivo fornecer uma ampla margem de segurança quanto aos efeitos não-cancerígenos, além de respeitar os limites normalmente aceitos para efeitos cancerígenos potenciais".
Nenhum comentário:
Postar um comentário