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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Em tempos de Mahmoud Ahmadinejad...

Como funcionam as usinas nucleares no mundo

Introdução

Perigo no Irã

Irã anuncia que sua primeira usina nuclear deve ser lançada até o fim de setembro, após um importante teste final realizado em seu reator.

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As usinas de energia nuclear surgiram após a Segunda Guerra Mundial. A busca pela bomba atômica só fez acelerar as pesquisas práticas de física nuclear. Doraio X do final do século 19 até as usinas nucleares, a questão da energia atômica sempre causou polêmica. Afinal, com energia atômica se matou cerca de 250 mil japoneses em Hiroshima e Nagasaki. Para os defensores dela, a energia atômica também salvou muitas vidas com a medicina nuclear.


Especificamente as usinas nucleares, que respondem hoje (agosto de 2008) por 16% de toda energia produzida no mundo, tiveram uma história de altos e baixos. A constatação da possibilidade de criar energia a partir de isótopos aconteceu em 1939, quando os cientistas Otto Hahn e Fritz Strassman em Berlim conseguiram produzir a fissão nuclear. Mas a invasão nazista à Polônia dava início a Segunda Guerra Mundial e os interesses estavam voltados para as bombas.

Passada a guerra, a corrida armamentista continuou e, paralelamente, começou-se a discutir a produção energética por meio da fissão nuclear. Oprimeiro reator nuclear experimental surge em Idaho, Estados Unidos, em dezembro de 1951. Em 1953, o presidente norte-americano Eisenhower propõe o programa “Átomo pela paz”. Um ano mais tarde, a União Soviética instala sua primeira usina nuclear.

As primeiras usinas nucleares comerciais começam a surgir alguns anos depois. A França, o país que mais depende de usinas nucleares no mundo, coloca a sua primeira em funcionamento em 1959. Os Estados Unidos, em 1960. A União Soviética, em 1964 (Fonte:WNA).

Um boom de usinas aconteceu até o final dos anos 70. Nos anos 80, houve uma estagnação, ratificada pelo fantasma que o acidente de Chernobyl, em 1986, na Ucrânia criou (veja mais no box).

Os investimentos nucleares voltaram a se intensificarem a partir desse século. O argumento de que as usinas nucleares não emitem gases poluentes acabou impulsionando o setor. Os Estados Unidos, por exemplo, que haviam anunciado o fim dos investimentos nesse tipo de energia voltou a investir. Países como a Polônia, que não tem esse tipo de planta, anunciaram interesse em construir usinas. E é nessa volta que se encaixam as defesas da construção da usina nuclear Angra 3, no Rio de Janeiro.


O pior acidente nuclear da história

Durante uma parada de rotina para manutenção, no dia 26 de abril de 1986, ocorreu um superaquecimento do reator número 4 da usina nuclear de Chernobyl, em uma área vizinha à capital ucraniana, Kiev. O calor provocou uma explosão que jogou no ar uma nuvem de radiação nuclear, que se alastrou pela Europa. Imediatamente, após o acidente 31 pessoas morreram. As estimativas dizem que outras oito mil pessoas morreram em conseqüência das doenças provocadas pela irradiação. No local do acidente foi feito um envoltório e total parada do reator. Os outros reatores de Chernobyl continuam em atividade.

Chernobyl
Istock
O acidente nuclear de Chernobyl fez mais de 100 mil
pessoas abandorem suas casas

Chernobyl foi uma triste lição para os que trabalham com energia nuclear e mostrou a importância do envoltório de contenção, uma medida de segurança que evita a dispersão da radiação em caso de explosão. A eficiência do envoltório foi confirmado em 1979, quando a usina Three Mile Island, na Pensilvânia (Estados Unidos) teve explosão semelhante e ninguém morreu ou foi contaminado.

Mas os perigos nucleares sempre rondam, o último acidente ocorreu em agosto de 2004, no Japão. A ruptura de um cano na usina nuclearMihama matou cinco trabalhadores e 17 reatores operados pela companhia foram desligados após ser descoberta a falsificação de documentos sobre inspeção de segurança (Fonte: Greenpeace).

fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/usinas-nucleares-no-mundo.htm

domingo, 25 de julho de 2010

O ozônio polui?

A poluição do ozônio
por Craig Freudenrich, Ph.D. - traduzido por HowStuffWorks Brasil

Introdução

A previsão do tempo no rádio ou na TV normalmente informa se o dia vai ser ensolarado e quente (ou se vai chover, ou fazer frio). Nos EUA, há uma informação a mais: pode ter sido emitido um alerta laranja sobre ozônio. O que significa o alerta laranja? O que é ozônio e por que você deve se preocupar com ele?


O ozônio é um dos principais componentes da poluição

Neste artigo, examinaremos o que é ozônio, como é produzido, quais os perigos para a saúde e o que você pode fazer para reduzir a poluição por ozônio.

fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/poluicao-do-ozonio.htm

sábado, 24 de julho de 2010

Como funciona a neutralização de carbono
por Sarah Dowdey - traduzido por HowStuffWorks Brasil

Introdução

Com bandas como Coldplay e Pink Floyd lançando álbuns neutros de carbono, companhias aéreas como a Silverjet querendo a neutralidade de carbono e uma crescente tropa de celebridades mostrando seus estilos de vida de pouco carbono, nos perguntamos como todos eles fazem isso. Como as bandas, empresas e pessoas cancelam uma emissão que parece inevitável? A neutralização começa com a medição da sua pegada de carbono e a avalização de como será a redução. É um esforço concentrado para produzir menos lixo e usar mais energia renovável. Depois de alcançar seu limite da redução ou do conforto, outros mecanismos sobre a compensação ou neutralização de carbono de outros projetos ou empresas pode fazer o resto.

rain forest
Fotógrafo: Elena Kalistratova | Agência: Dreamstime
Os separadores de carbono ajudam a reduzir o total de gases do
efeito estufa financiando projetos como o reflorestamento no Equador

A compensação de carbono é um comércio. Quando compra um produto que adere à neutralização, você financia projetos que reduzem emissões degases do efeito estufa (GEE). Os projetos podem ser de reflorestamento, ampliação ou mudanças em usinas elétricas e fábricas ou aumento da eficiência energética de prédios e transportes. O mercado de compensação de carbono permite que você pague para reduzir o GEE mundial total em vez de fazer reduções radicais ou impossíveis sozinho. As emissões GEE se misturam rapidamente no ar e, diferentemente de outros poluentes, se espalham por todo o planeta. Por isso, não importa onde as reduções de GEE ocorram. Importa apenas que menos carbono seja jogado na atmosfera.

A participação no mercado de compensação de carbono é voluntária. As pessoas e empresas podem comprá-los para reduzir suas pegadas de emissão de carbono ou melhorar sua imagem ambientalista. O mercado de compensação de carbono pode neutralizar atividades específicas como viagens aéreas e terrestres ou eventos como casamentos (em inglês) e conferências.

Alguns ambientalistas duvidam da validade e eficácia do mercado de compensação e, por ser um mercado crescente, é difícil julgar a qualidade dos fornecedores e projetos. As árvores nem sempre vivem uma vida inteira, projetos de compensação (para a contenção a longo prazo de emissões) às vezes falham e empresas de consultoria, às vezes, enganam seus clientes. Além disso, atividades voluntárias podem facilmente se tornar uma desculpa para se comportar mal sem se sentir culpado por isso.

A compensação de carbono, entretanto, aumenta a consciência sobre a diminuição do GEE no mundo. Aprenderemos neste artigo como a compensação de carbono reduz as emissões globais.

fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/carbono-compensacao.htm

sexta-feira, 23 de julho de 2010

As vacas poluem tanto quanto os carros?
por Jacob Silverman - traduzido por HowStuffWorks Brasil

Introdução

A agricultura é responsável por aproximados 14% dos gases estufa do mundo. Uma porção significativa dessas emissões vem do metano, que em termos de sua contribuição para o aquecimento global, é 23 vezes mais poderoso do que o dióxido de carbono. A Organização da Agricultura e Alimentos dos EUA informa que a produção de metano na agricultura pode aumentar em 60% por volta de 2030 [Fonte: Times Online (site em inglês)]. Cerca de 1,5 bilhão de vacas e bilhões de outros animais de pastagens existentes no mundo emitem dúzias de gases poluentes, incluindo uma grande quantidade de metano. Dois terços de toda a amônia vem das vacas.

cows
Fotógrafo: Joe Gough | Agência: Dreamstime.com
As grandes quantidades de metano produzido pelas vacas são agora
causa de preocupação e assunto para muitas pesquisas científicas

As vacas emitem uma grande quantidade de metano através do arroto, e uma menor quantidade através da flatulência, ou seja, do seu pum. As estatísticas variam sobre quanto metano a vaca leiteira média expele. Alguns especialistas dizem que de 100 a 200 litros por dia, enquanto outros dizem que pode chegar a 500 litros por dia. De qualquer forma, é muito metano, uma quantidade comparável à poluição produzida por um carro em um único dia.

Para entender por que as vacas produzem metano, é importante conhecer um pouco mais sobre como funcionam. Vacas, cabras, ovelhas e muitos outros animais pertencem a uma classe de animais chamada deruminantes. Os ruminantes têm quatro estômagos e digerem seu alimento em seus estômagos ao invés de seus intestinos, como fazem os humanos. Os ruminantes comem o alimento, regurgitam-no como bolo alimentar e tornam a comê-lo. Os estômagos são cheios de bactérias (em inglês) que facilitam a digestão, mas também produzem metano.

Com milhões de ruminantes na Inglaterra, incluindo 10 milhões de vacas, uma grande iniciativa está sendo promovida para frear as emissões de metano por lá. As vacas contribuem com 3% de todas as emissões de gás estufa na Inglaterra e 25 a 30% de seu metano. Na Nova Zelância, onde a criação de gado e ovelhas tem importância vital, 34% dos gases estufa vêm dos animais criados na fazenda. Um estudo de três anos, que começou em abril de 2007 por cientistas galeses, está examinando se adicionar alho (em inglês) ao alimento da vaca pode reduzir sua produção de metano. O estudo está em andamento, mas os primeiros resultados indicam que o alho corta a flatulência da vaca pela metade, atacando os micróbios que produzem o metano e que vivem nos estômagos das vacas [Fonte: BBC News (site em inglês)]. Os pesquisadores também estão tentando verificar se a adição de alho afeta a qualidade da carne ou do leite produzidos e até mesmo se os animais ficam com mau hálito.

Um outro estudo da Universidade de Gales, Aberystwyth, está rastreando quantidades de metano e nitrogênio produzidos pelas ovelhas, que fornecem um bom modelo de comparação com as vacas porque possuem sistemas digestivos semelhantes. As ovelhas desse estudo estão vivendo em túneis de plástico onde a sua produção de metano é monitorada através de uma variedade de dietas.

Muitos outros esforços estão a caminho para reduzir a produção de metano do ruminante, tais como tentar criar vacas que vivam mais tempo e que tenham melhores sistemas digestivos. Na Universidade de Hohenheim, na Alemanha, cientistas criaram uma pílula para segurar os gases na pança da vaca - a primeira cavidade do estômago dos ruminantes - e converter o metano em glicose. No entanto, a pílula exige uma dieta rigorosa e horários estruturados de alimentação, coisas que podem não combinar muito bem com a pastagem.

Em 2003, o governo da Nova Zelândia propôs uma taxa sobre a flatulência, que não foi adotada devido a um protesto generalizado.

Outros esforços visualizam os campos de pastagem sendo usados pelos produtores de gado, os quais serão discutidos na próxima seção.

Então, sabemos que os ruminantes estão produzindo quantidades enormes de metano, mas por quê? Os humanos produzem gases diariamente, mas nada comparável ao que esses animais produzem. Na próxima página, aprenderemos mais sobre a fonte do problema do metano e sobre a controvérsia que existe por trás disso.

fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/gas-metano-vacas.htm

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Como funciona a certificação florestal FSC

Introdução sobre como funciona a certificação florestal FSC


selos verdes
Simplificadamente, a certificação é um instrumento de mercado que objetiva atestar um ou mais atributos do processo de produção. Atualmente, os certificados ou selos “verdes”, ou seja, que levam em conta questões ligadas ao cuidado com o meio ambiente, têm tomado força. No caso da certificação florestal FSC, o atributo que é atestado é o bom manejo da floresta que originou a matéria-prima para um determinado produto. Veremos nas próximas seções, de forma mais detalhada, no que isto implica.

FSC é a sigla, em inglês, de Forest Stewardship Council (geralmente traduzido em português como Conselho de Manejo Florestal), e constitui o sistema de certificação florestal mais amplamente adotado no mundo. O objetivo do FSC é promover prática de manejo de florestas que sejam ambientalmente apropriadas, socialmente benéficas e economicamente viáveis, ou seja, que englobe os conceitos do Tripple Bottom Line, que faz parte do conceito de desenvolvimento sustentável.

Botton Tripple Line

Tripple Bottom Line

Tipos de certificação

Antes de discutir sobre os tipos de certificação florestal propriamente ditos, é interessante observar quais os princípios básicos de cada tipo de certificação e quais as suas implicações. Na prática, lidamos com vários tipos de certificação cotidianamente. Quando, por exemplo, uma marca de cerveja prega que é a melhor ou quando um profissional coloca em seu curriculum que ele(a) é o(a) melhor em um determinado assunto, o que está ocorrendo é uma auto-certificação. Evidentemente, é um tipo de certificação pouco confiável, já que a empresa ou pessoa são sempre suspeitas para elogiar seus próprios atributos. O mesmo ocorre quando várias empresas de um mesmo ramo criam um selo que diz que estas mesmas empresas fazem alguma coisa muito bem. Embora muitas pessoas não o notem, este segundo tipo de certificação é muito abundante nas prateleiras de supermercados. São os chamados selos autoreguladores.

O problema com as situações expostas acima é a credibilidade destes sistemas de certificação. Por esta razão, foram criados os chamadossistemas independentes de certificação. Ou seja, para ter credibilidade, a empresa ou produtor devem ser certificados por auditores independentes, que não têm nenhuma razão para elogiar ou para depreciar a qualidade do respectivo produto ou processo de produção. Além disso, a independência não é o único requerimento básico para que um esquema de certificação tenha credibilidade. Nas palavras da organização não-governamentalImaflora, que é um corpo independente de certificação florestal e agrícola, sistemas de certificação devem possuir as seguintes características:

  • Ser independente, conforme discutimos;
  • Ser tecnicamente consistente, ou seja, cada empresa, produtor ou empreendimento tem de ser avaliado de acordo com regras que sejam claras e que façam sentido;
  • Ser não-discriminatório, ou seja, tem de estar acessível a produtores de qualquer tamanho, capital, tecnologia, nível de investimento, além de raças, cor, credo e religião.
  • Ser transparente, ou seja, tem de haver uma estratégia de controle social sobre o que está acontecendo e quem está sendo certificado e em quais condições;
  • Ser voluntário, ou seja, a própria empresa ou produtor tem de se voluntariar a certificação.


fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/fsc.htm

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Como funciona a Ressonância Nuclear Magnética Funcional
por Stephanie Watson - traduzido por HowStuffWorks Brasil

Introdução a Como funciona a Ressonância Nuclear Magnética Funcional (RNMf)

Visão geral de um aparelho de ressonância magnética
© istockphoto.com / Scott Hirko
Visão geral de um aparelho de ressonância magnética
A tecnologia médica evoluiu tanto nos últimos anos que, hoje, os exames por imagem conseguem cortar o corpo em fatias extremamente finas obtendo imagens e criando modelos tridimensionais de órgãos e tecidos para descobrir anormalidades e diagnosticar doenças. Entretanto, um tipo relativamente novo de exame chamado ressonância nuclear magnética funcional(RNMf) leva a tecnologia um passo além. Ele não apenas consegue ajudar a diagnosticar doençascerebrais, como também permite que os médicos entrem em nossos processos mentais para determinar o que estamos pensando e sentindo. A RNMf ainda pode ser capaz de detectar se estamos falando a verdade.

O exame se baseia na mesma tecnologia da ressonância nuclear magnética (RNM) - um teste não-invasivo que utiliza um forte campo magnético e ondas de rádio para criar imagens detalhadas do corpo. Mas em vez disso, a RNMf analisa o fluxo sanguíneo no cérebro para detectar as áreas de atividade. Essas mudanças no fluxo, que são capturadas em um computador, ajudam os médicos a compreender melhor a forma como o cérebro funciona.

O conceito por trás de RNM existe desde o início do século 20. E no início da década de 30, Isidor Isaac Rabi, físico da Universidade de Columbia, fez experimentos com as propriedades magnéticas dos átomos. Ele descobriu que um campo magnético associado a ondas de rádio fazia com que os núcleos dos átomos "se movessem", uma propriedade conhecida hoje comoressonância magnética. Em 1944, Rabi ganhou o Prêmio Nobel de Física por seu trabalho pioneiro.

Na década de 70, Paul Lauterbur, professor de química da Universidade Estadual de Nova Iorque, e Peter Mansfield, professor de física da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, usaram individualmente a ressonância magnética como base para o desenvolvimento de uma nova técnica diagnóstica chamada de ressonância nuclear magnética. O primeiro scanner de RNM comercial foi produzido em 1980.

Então, no início da década de 90, o físico Seiji Ogawa - que estava trabalhando na Bell Laboratories, em Nova Jersey - descobriu, enquanto realizava estudos com animais, que a hemoglobina pobre em oxigênio (a molécula no sangue que conduz o oxigênio) era afetada por um campo magnético de forma diferente da hemoglobina rica em oxigênio. O físico percebeu que podia usar esses contrastes na quantidade de oxigênio do sangue para mapear as imagens da atividade cerebral em um exame normal de RNM.

A ideia básica por trás da descoberta de Ogawa foi proposta mais de meio século antes pelo químico Linus Pauling. Na década de 30, Pauling descobriu que a reação do sangue rico em oxigênio e do sangue pobre em oxigênio à força de um campo magnético era diferente em até 20%. Na RNMf, a localização dessas diferenças permite que os cientistas determinem as partes do cérebro que estão sendo irrigadas por sangue e por isso são mais ativas.

fonte: http://saude.hsw.uol.com.br/ressonancia-magnetica-funcional.htm