Como funciona a fibra de vidro
por Ronald Sharp
Neste artigo
Introdução
| fibra de vidro | |||
Para entendermos sobre esse material devemos nos reportar à antiguidade. Para as construções de casas, muitos povos antigos recorriam aos tijolos de argila. A argila, depois de seca, na forma de tijolo, era quebradiça e as construções eram frágeis. Então, para tornar os tijolos mais resistentes, os antigos adicionavam palha à argila, o que os tornava menos quebradiços. Foi criado o primeiro material composto.
Milhares de anos mais tarde, os romanos utilizaram a lava dos vulcões para unir os blocos de pedras e/ou tijolos utilizados nas suas monumentais construções, muitas das quais sobrevivem até os dias de hoje. Foi descoberta uma forma de cimento.
O Corvette foi o primeiro carro fabricado com plástico reforçado de fibra de vidro e é fabricado assim até hoje |
Para suprir essas deficiências, foi criado o concreto armado, que consiste de uma armação de aço no interior do bloco de concreto. Com isso, grandes vãos e vigas puderam ser construídos.
Com a química moderna, no início e meados do século passado, começaram a surgir os primeiros plásticos que, entretanto, eram muito frágeis e quebradiços.
Os plásticos se subdividem em dois grandes grupos: termoplásticos e termofixos.
Termoplásticos
Nesta categoria estão a maioria dos plásticos conhecidos, tais como: PET (usado em garrafas e embalagens), polietileno, ABS, policarbonato etc. Esses plásticos são aquecidos até se tornarem líquidos e são geralmente injetados em moldes que reproduzem o produto final. Depois de resfriados após a moldagem, o produto mantém a forma do molde a partir do qual foram produzidos.
Se esses produtos forem aquecidos a uma determinada temperatura, o plástico derreterá e novos produtos podem ser fabricados com o mesmo material (leia Como funciona a reciclagem de plástico)
Termofixos
Aqui encontramos uma outra categoria, tais como as resinas poliésteres, fenólicas, epoxídicas etc. Produtos feitos com essas resinas, depois de moldados, não podem ser derretidos para serem submetidos à nova moldagem. Sua forma se manterá mesmo após aquecidos.
Plásticos reforçados
Da mesma forma que o concreto armado, descrito anteriormente, os plásticos também podem receber reforços estruturais com a finalidade de aumentar a sua resistência.
O primeiro plástico reforçado de que se tem notícia foi o poliéster reforçado com fibra de vidro, descoberto acidentalmente no fim da década de 1940 quando pesquisadores derramaram, sem perceber, resina poliéster sobre uma quantidade de fibra de vidro no chão. No dia seguinte, após o endurecimento da resina, perceberam que haviam descoberto um novo produto – o plástico reforçado com fibra de vidro, que apresentava grande resistência.
Foi observado que a resina poliéster, quando reforçada com fibra de vidro, possuía excelentes propriedades físicas e mecânicas.
Resinas poliésteres
Existem dois principais grupos:
- Ortoftálicas - é uma resina de uso geral, utilizada em produtos onde grande resistência mecânica ou à corrosão não seja exigida.
- Isoftálica - mais cara, é utilizada em produtos que sofrem maiores esforços ou que precisam melhor resistir à corrosão.
Os poliésteres são fornecidos na forma líquida, com a viscosidade aproximada de um xarope grosso.
Para se obter o seu endurecimento (cura) são utilizados catalisadores e aceleradores de cura, quando utilizados em temperatura ambiente. Em aplicações onde existe aquecimento do molde não são necessários.
Para se obter o seu endurecimento (cura) são utilizados catalisadores e aceleradores de cura, quando utilizados em temperatura ambiente. Em aplicações onde existe aquecimento do molde não são necessários.
Na próxima seção você irá conhecer os processos de fabricação de plásticos reforçados com fibra de vidro.
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Fonte: http://ciencia.hsw.uol.com.br/fibra-de-vidro.htm
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